Autor:
Rafael Carelli
Data de Publicação:
21.01.2022
Em coletiva na tarde da última quinta-feira (20), o head de eSports da Riot Games, Carlos Antunes, anunciou que a empresa está planejando campeonatos oficiais de League of Legends voltadas para o público feminino. O diretor admitiu que esta é uma pendência antiga da empresa que será corrigida em breve.
Ainda não foram divulgados muitos detalhes de como as competições acontecerão ou a forma de classificação, mas a expectativa é que o primeiro campeonato deste modelo seja realizado ainda em 2022, no segundo trimestre, entre os meses de abril e junho.
A Riot Games tem uma visão global de inclusão e diversidade em seus campeonatos. Ainda em 2021, na divulgação do calendário oficial de competições de Valorant, a empresa criou o mundial feminino do FPS. O Game Changers Challenger, voltado para jogadores do gênero feminino e não-binários será realizado em dezembro deste ano.
Desde 2011, a Riot Games investe no cenário competitivo de League of Legends. No Brasil, o maior torneio organizado pela empresa é o tradicional Campeonato Brasileiro de League of Legends, o CBLOL. Apesar disso, quase nenhuma jogadora do gênero feminino participou de competições oficiais no país.
A coletiva realizada pela Riot Games era, inicialmente, para divulgar novidades sobre o cenário de League of Legends, Valorant e Wild Rift no Brasil. A grande notícia, porém, veio do anúncio de campeonatos para jogadores do gênero feminino no Brasil, algo que ainda não havia acontecido.
Carlos Antunes, o head de eSports da Riot Games no Brasil, admitiu que, durante muito tempo, a Riot Games renegou o cenário feminino a um segundo plano, sem atitudes concretas para promover a inclusão do gênero no circuito competitivo. Agora, a busca é por recuperar este “tempo perdido”.
“Todas as experiências positivas que tivemos com o Game Changers no Valorant mostram para nós o quanto uma explosão no interesse desse meio pode causar uma mudança muito rápida e cada vez mais fortes no cenário”, disse Carlos.
A iniciativa que a Riot Games teve com o Game Changers no FPS Valorant tinha o mesmo objetivo, a inclusão do gênero feminino e não-binário no circuito competitivo oficial do game. O projeto se mostrou um grande sucesso. Em 2021, várias competições regionais foram realizadas, com grandes equipes sendo formadas.
A realidade se modificou tanto que, em dezembro de 2022, será realizado o primeiro mundial da Game Changers da história. As equipes serão formadas apenas por pessoas do gênero feminino e não-binárias, que antes não tinham espaço nos torneios gerais de Valorant.
O cenário profissional de League of Legends no Brasil foi sempre dominado por homens. Em toda história do CBLOL, apenas em 2020, depois de oito anos de criação do circuito, uma pessoa do gênero feminino disputou partidas oficiais da Riot Games no Brasil.
Gabriela “Harumi” defendeu a Rensga na segunda divisão há dois anos. A suporte participou do Circuito Desafiante em 2020 e quebrou os paradigmas que vinham desde 2012.
No exterior, também há uma dominância de pessoas do gênero masculino. Em 2016, Maria “Remiling” participou da LCS, League of Legends Championship Series. Na Rússia, o caso da equipe Vaevicts, composta apenas por mulheres, ficou bastante marcado pelo machismo e sexismo quando elas participaram da League of Legends Continental League em 2019.
O Mundial de 2021 foi marcado por ser o primeiro com uma pessoa do gênero feminino inscrita no campeonato. Diana “DSN” Nguyen foi substituta pela Pentanet.GG.
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Daqui a pouco sai o calendário das competições femininas. E se tem competitivo, tem aposta!
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